Entre desafios, fé e esperança, Leobertt de Carvalho Marques, de Matão (SP) venceu a batalha pela vida e hoje carrega uma mensagem poderosa sobre a importância da doação de órgãos.
Depois de uma batalha que envolveu desafios, esperança, superação e 470 dias de internção, Leobertt de Carvalho Marques, de 50 anos, finalmente recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira, 6 de março, de 2025. Sua história é um testemunho vivo do impacto da doação de órgãos e da importância desse gesto solidário que pode salvar vidas. Ele compartilhou sua história com o Portal Fala Matão.
Leobertt chegando em sua casa na noite de quinta-feira (6) - Foto: arquivo pessoal
A jornada de Leobertt começou em 19 de novembro de 2022, quando, durante uma viagem de trabalho ao interior do Maranhão, sofreu um mal-estar. Sem um hospital na cidade, recebeu atendimento básico até ser transferido para outra cidade, onde os médicos confirmaram que ele havia sofrido um infarto. Diante da gravidade do quadro, sua esposa, Sonara, mobilizou assistência social e o gestor da empresa onde ele trabalha para viabilizar sua transferência para Matão. No entanto, a UTI aérea não autorizou a viagem devido à sua condição crítica.
A situação se agravou e, na madrugada de domingo, ele foi levado para a Unimed de Teresina, onde passou por uma angioplastia que revelou que seu coração funcionava com apenas 20% da capacidade. Para estabilizá-lo, foi colocado um balão e dois stents. Após 24 horas, foi transferido para o Hospital Carlos Fernando Malzoni, em Matão, onde recebeu a notícia de que sua única chance seria um transplante.
Foram meses de consultas, exames e medicações até que, em setembro de 2023, foi implantado um CDI (Cardioversor Desfibrilador Implantável), um dispositivo cardíaco que monitora e trata arritmias graves, para manter a saúde estável enquanto aguardava um órgão compatível. Em outubro, foi aceito como candidato ao transplante e incluído na lista nacional de espera pela equipe da Unesp de Botucatu.
Leobertt Filho, Leobertt de Carvalho Marques, esposa Sonara e os pais de Leobertt, Maria Augusto e Afonso - Foto: arquivo pessoal
A esperança se tornou realidade na madrugada do dia 10 de novembro de 2024, quando Leobertt recebeu a tão aguardada ligação: “Temos um doador para você! O transplante será hoje!”. Emocionado, ligou para sua esposa e filhos para compartilhar a notícia. Horas depois, às 11h30, seguiu para o centro cirúrgico, e às 01h15 do dia seguinte, já possuía um novo coração batendo em seu peito.
O pós-operatório foi desafiador. Ele enfrentou infecções, entubação, sedativos e até mesmo a COVID-19. No entanto, sua fé, o suporte da família e a dedicação dos profissionais da saúde foram cruciais para sua recuperação.
Durante sua permanência no hospital, Leobertt testemunhou a luta de muitos colegas que também aguardavam um transplante. Infelizmente, nem todos tiveram tempo ou oportunidade de receber um órgão. Por isso, sua mensagem é clara: a doação de órgãos é um ato de amor e pode salvar vidas.
Agora, com um novo coração e um novo olhar sobre a vida, ele compartilha sua história para conscientizar as pessoas sobre a importância de se tornarem doadores. Seu caso é um exemplo de que a solidariedade transforma vidas e que pequenos gestos podem significar a esperança para aqueles que lutam por uma segunda chance.
Por enquanto, Leobertt não pode receber visitas, mas em breve ouviremos esta história de luta em vídeo aqui no Fala Matão.
Como ser um doador
Para ser doador de órgãos no Brasil, é preciso:
• Conversar com a família sobre o desejo de doar
• Registrar a vontade de doar no site aedo.org.br ou no aplicativo e-Notariado
• Formalizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo) com um tabelião
• A doação só acontece se a família autorizar.
Como funciona a doação de órgãos?
• Doadores vivos podem doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão
• Doadores falecidos são pacientes com diagnóstico de morte encefálica
• Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante
Como é feita a seleção de doadores?
• Cada órgão tem seu próprio critério de alocação
• A equipe avalia os riscos e garante a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde
Quem pode ser doador vivo?
• Qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde
Seja um doador. Informe sua família e ajude a salvar vidas!
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Leobertt, a esposa Sonara e a filha Letícia - Foto: arquivo pessoal Leobertt e a esposa Sonara - Foto: arquivo pessoal
Leobertt e a filha Letícia - Foto: arquivo pessoal
Cunhada Soraia, sobrinhos Lucas e Laiani e a esposa Sonara - Foto: arquivo pessoal
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