Já no caso de Matão, os casos já ultrapassaram os 3 mil; mesmo com dois médicos extras, das 17h às 22h, o atendimento ainda é insuficiente.
Com 670 casos confirmados de dengue somente em 2025, a cidade de Araraquara se mobiliza para enfrentar a crescente demanda por atendimento. Neste domingo, o prefeito Dr. Lapena utilizou suas redes sociais para anunciar a instalação de um dengário, espaço exclusivo para atender pacientes com dengue ou suspeita da doença. A medida tem como objetivo desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que vêm enfrentando sobrecarga e risco de contágio entre os pacientes.
“O local do dengário será divulgado nos próximos dias. Já deleguei poderes à Secretaria Municipal de Saúde e à Fungota para viabilizar a estrutura necessária para o atendimento”, destacou o prefeito em seu comunicado.
Com a instalação do novo espaço, a expectativa é melhorar o fluxo de atendimento, garantindo um local apropriado para pacientes debilitados, sem comprometer o funcionamento das demais unidades de saúde.
Situação crítica em Matão
Enquanto Araraquara organiza uma estrutura de apoio, Matão enfrenta um cenário ainda mais alarmante, com mais de 3 mil casos confirmados de dengue. A prefeitura local anunciou a contratação de dois novos médicos para atender no Posto do Centro (Avenida 28 de Agosto, 465) e no Posto do Bairro Alto (Rua Pedro Bigal, 1530). Ambos os postos estenderam o horário de atendimento das 17h às 22h para suprir a alta demanda. No dia 22 de janeiro, Matão decretou estado de emergência na cidade.
Apesar das iniciativas, as reclamações da população evidenciam dificuldades no atendimento. No sábado, a reportagem do Fala Matão recebeu relatos de insatisfação na unidade do Bairro Alto. A moradora Maria José, do Jardim do Bosque, compartilhou sua experiência:
“Cheguei por volta das 13h30, já passou das 17h e ainda não fui atendida. A médica está trabalhando, mas não dá conta sozinha. Teve gente que passou mal por causa da enorme espera. São pessoas extremamente debilitadas, com plaquetas baixas, idosos... Não podem ficar todo esse tempo em um banco de cimento! Reclamei que tinha gente que chegou depois de mim sendo atendida, e a médica explicou que o problema é o sistema, que não segue a ordem de chegada. É um absurdo! Se esse sistema não funciona, deveriam voltar com as fichinhas.
Outra coisa: tem pessoas com Covid sendo atendidas junto com pessoas com dengue, e está todo mundo no mesmo espaço, sem utilização de máscara. A pessoa que estava ao meu lado estava com Covid e sem máscara, mas ninguém avisou, e só depois de um tempo foram oferecer uma máscara para ele. Esse procedimento, essa abordagem, está completamente errada”, relatou Maria José.
Pacientes precisam evitar a circulação para conter a transmissão da dengue
Pouco se fala sobre isso, mas pacientes diagnosticados com dengue devem evitar a circulação, respeitando o período atestado pelo médico. Além de ser fundamental para o restabelecimento da saúde, essa medida contribui para prevenir a disseminação do vírus, protegendo a comunidade.
A dengue é uma doença infecciosa aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Ao picar pessoas infectadas, o mosquito pode contrair o vírus e, posteriormente, transmiti-lo para outros seres humanos durante suas picadas subsequentes.
A médica Patrícia Ledo Martins Costa destaca a importância do repouso: "O repouso é necessário não só por uma questão clínica, devido aos sintomas, mas também é uma prevenção para diminuir a transmissão".
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