Moradores sofrem com o aumento de pragas e riscos à saúde e descarte irregular agrava o cenário.
Moradores do Jardim Paraíso, em Matão, estão vivendo em alerta devido à presença crescente de escorpiões nos blocos 3 e 5 da CDHU, onde recentemente uma criança foi picada, aumentando a urgência de medidas preventivas. Embora o problema tenha sido levado ao conhecimento das autoridades municipais, a resposta da Vigilância Sanitária não foi a esperada.
Responsabilidade interna ou omissão?
O caso chegou à Câmara Municipal de Matão, mas, a Vigilância Sanitária alegou que a responsabilidade pelo controle da infestação seria interna, o que exclui uma ação pública no local. O posicionamento do órgão, interpretado como omisso pela comunidade, causou grande descontentamento entre moradores e lideranças locais, que consideram essa postura uma negligência.
Lixão está no entorno de alguns blocos do CDHU do Jardim Paraíso
Riscos à saúde em áreas sensíveis
Além de impactar diretamente as residências, a infestação de escorpiões coloca em risco importantes unidades públicas nas proximidades, como uma Unidade de Saúde, o Projeto Pequeno Cidadão, uma creche e uma escola. A localização próxima dessas instalações torna a situação ainda mais preocupante, pois amplia os riscos à segurança de crianças e demais frequentadores dessas instituições.
Denúncia e apelo da vereadora Ana Mondini
A vereadora Ana Mondini lamentou a resposta da Vigilância Sanitária e buscou apoio junto ao portal Fala Matão, além de acionar o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e a CETESB para que intervenham antes que uma tragédia ocorra. A vereadora enfatiza que é urgente que a situação receba a atenção das autoridades competentes.
Vereadora Ana Mondini mostra uma pequena parte do lixão em frente ao CDHU
Descarte irregular e lixão clandestino: questão de Saúde Pública
Outro fator agravante, sendo provavelmente o principal fator para a insfestação de escorpiões, é a existência de um lixão clandestino ao lado dos blocos residenciais, o que contribui para a proliferação de escorpiões e outros animais peçonhentos, como ratos. O descarte irregular de resíduos em áreas urbanas é um problema sério de saúde pública, pois atrai essas pragas, além de causar a degradação do solo, água e de outros recursos ambientais.
Permissividade no uso do lixão
O lixão permanece acessível e sem controle, com uma certa manutenção básica no local. Isso leva a uma interpretação de permissividade, uma vez que a área continua a ser utilizada para descarte de resíduos de forma recorrente, por moradores e empresas de toda a cidade, sem regulamentação ou fiscalização adequada. É possível flagrar a todo momento caminhonetes, caminhões e carretinhas de empresas locais realizando o descarte. Segundo informações da vereadora, a própria prefeitura também utiliza o local para descarte. A comunidade espera medidas efetivas para o fechamento do lixão.
A Importância do combate ao descarte irregular
Especialistas alertam que o combate ao descarte irregular e a destinação correta dos resíduos são fundamentais para evitar a proliferação de escorpiões e outras pragas em áreas urbanas. Para a comunidade do Jardim Paraíso, é necessário que o poder público implemente um sistema adequado para o descarte seguro de resíduos em área apropriada e realize a fiscalização eficaz para eliminar o lixão, além da limpeza total do local.
Prefeitura de Matão
Segundo informações da administração, já existe um novo local para descarte, próximo à Rodovia Brigadeiro Faria Lima, na saída para Motuca, que será utilizado como área regular de descarte. No entanto, ainda não há uma data definida para o início de funcionamento do novo local. Toneladas de entulho já foram retiradas do lixão irregular e encaminhadas por uma empresa terceirizada para a cidade de Araraquara. Mesmo assim, o volume de resíduos não deixa de aumentar devido à continuidade dos descartes irregulares.
Fotos: Fala Matão