Caso de agressão foi registrado na Polícia Civil; escola é multada pela segunda vez, e não possui autorização para atender crianças de 0 a 4 anos.
Uma mãe de um bebê de 1 ano e 7 meses tomou a decisão de registrar um boletim de ocorrência contra a escola particular Pequeninos do Futuro, localizada no bairro Jardim Santa Paula, em São Carlos (SP). A ação foi motivada pela constatação de, pelo menos, nove mordidas no corpo da criança ao buscá-la na terça-feira (9).
A instituição já era reincidente em irregularidades e agora está sendo investigada pela Polícia Civil por lesão corporal. A Prefeitura de São Carlos interditou parcialmente o local.
A fiscalização realizada pela Secretaria de Educação, com o apoio da Vigilância Sanitária e da Guarda Municipal, revelou que a creche havia sido parcialmente interditada em agosto de 2023, sendo multada em aproximadamente R$ 10 mil na ocasião. Diante da reincidência e da nova interdição parcial, a unidade enfrentará uma nova multa.
A prefeitura informou que a escola não pode receber alunos de 0 a 4 anos incompletos devido à ausência dos documentos necessários para atender essa faixa etária. Além disso, a administração municipal destacou que a escola tem um processo aberto para adequações destinadas à regularização do público de 4 a 5 anos, sob acompanhamento da Secretaria de Educação.
A mãe da criança agredida relatou que o incidente ocorreu no segundo dia de frequência do filho na creche. Ao buscar o bebê, ela notou múltiplas mordidas e lesões pelo corpo.
A escola se manifestou por meio de nota sobre o caso. No entanto, não justificou o motivo pelo qual o local estava operando como creche sem ter autorização para bebês e crianças de 0 a 4 anos, mesmo sendo reincidente e já tendo sofrido multa de R$ 10 mil pela irregularidade.
Segundo informações fornecidas pela escola, existe o monitoramento por meio das câmeras em outras áreas, mas não existem câmeras de segurança na região onde a criança sofreu agressões, na área do parquinho infantil.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e os funcionários da escola e os pais da criança devem ser ouvidos, além de aguardar o laudo do Instituto Médico Legal (IML).