Tragédia em Taquaritinga: Policial Militar morre após aplicação de medicamento por técnica em enfermagem

Investigação revela desvio de medicamentos e suspeita de dolo em trágico desfecho envolvendo PM e profissional de saúde em Taquaritinga. 

No último dia 13 de dezembro, a cidade de Taquaritinga foi palco de uma tragédia envolvendo o policial militar Edno Ferreira Ventura Junior. O ocorrido, que resultou na morte do PM, se deu após uma injeção intravenosa administrada por uma técnica em enfermagem.

Os eventos que provavelmente culminaram na morte de Edno Ferreira Ventura Junior foram desvendados após ação de um equipe policial. O chamado inicial reportava um PM em condições precárias de saúde, levando à mobilização dos bombeiros. No entanto, ao chegarem ao local, encontraram o policial em parada cardiorrespiratória, sendo prontamente encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

As investigações logo revelaram um desdobramento surpreendente. De acordo com relatos dos policiais presentes e informações do delegado responsável pelo caso, o policial Edno Ferreira Ventura Junior teria visitado a residência da enferemeira no dia anterior. Lá, teria recebido uma injeção intravenosa que resultou em um choque fatal e posterior óbito.

A técnica em enfermagem apresentou aos policiais uma gravação do evento, realizada na residência, fornecendo detalhes sobre a administração da injeção que levou à fatalidade do policial militar. No entanto, ao ser interrogada, a enferemeira negou categoricamente as acusações, alegando que esta seria a única vez em que aplicara qualquer tipo de medicação em Edno Ferreira Ventura Junior. Afirmou ainda que desconhecia o conteúdo da injeção, já que o policial teria trazido o medicamento previamente preparado.

Entretanto, a investigação desvendou um cenário comprometedor. Na residência da enfermeira, foram encontrados itens como soro fisiológico e ampolas de Cloridrato de Tramadol, um medicamento controlado, pertencentes ao Hospital Santa Casa de Misericórdia, onde a técnica em enfermagem trabalha. Estes medicamentos teriam sido desviados de seu local de trabalho.

Diante das evidências e circunstâncias apresentadas, o delegado responsável pelo caso considerou que a enfermeira, por sua formação e experiência como profissional de saúde, tinha pleno conhecimento dos riscos ao administrar medicamentos por via venosa sem prescrição médica e em um ambiente doméstico, distante de recursos médicos capazes de reverter possíveis complicações.

Por conta disso, a enfermeira foi detida em flagrante delito, enquadrada no artigo 121 do Código Penal, com o delegado entendendo que ela agiu com dolo eventual, assumindo o risco de causar a morte do policial militar.

O corpo de Edno Ferreira Ventura Junior foi transladado para o Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara, enquanto a enfermeira foi encaminhada à Cadeia Pública de São Carlos. As investigações prosseguem, com a solicitação de perícia técnica para o local dos fatos, visando esclarecer todos os detalhes desse trágico episódio que chocou a comunidade local e os colegas de profissão de Edno Ferreira Ventura Junior.

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