Saiba como se inscrever, as novidades no edital e dicas para se preparar para o concurso histórico.
O edital da Polícia Civil do Estado de São Paulo foi divulgado nesta sexta-feira com 3500 vagas com salários iniciais que variam de R$ 5.879,68 até R$ 15.037,99. As vagas são para profissionais de nível superior para os cargos de Escrivão, Investigador de Polícia, Médico Legista, Perito Criminal e Delegado.
Neste ano o edital mostrou algumas mudanças na prova e nos requisitos para alguns cargos. Veja como se preparar para a prova deste ano.
Como se inscrever?
As inscrições começam no dia 11 de setembro de 2023 e seguem até 10 de outubro de 2023. Os candidatos podem se inscrever no site da banca organizadora, a Fundação Vunesp. O valor da taxa de inscrição é de R$ 113,06.
Como será a prova?
O concurso vai contar com prova objetiva, prova discursiva, prova oral e prova de títulos, de acordo com o edital.
A realização das provas objetiva e discursiva para Investigador e Escrivão está marcada para o dia 26 de novembro, já para os cargos de Perito Criminal, Médico Legista e Delegado a data da prova é 03 de dezembro.
A Polícia Civil não tem critérios como idade e altura, e não há também o Teste de Aptidão Física, muito comum nos concursos de carreiras policiais.
O que há de diferente no edital deste ano?
A seleção deste ano é histórica pelo número de vagas, segundo Érico Palazzo, coordenador de Carreiras Policiais do Gran. Só para o cargo de delegado serão 524 vagas no total.
“Para o cargo de delegado, além de exigir a formação e habilitação na categoria B, o concurso também exige comprovação de no mínimo 2 anos em atividade jurídica ou em cargo de natureza policial, porém apenas de polícia civil.”
Outro ponto destacado pelo especialista é referente ao cargo de perito criminal, que veio com exigência de formação apenas em bacharelado - excluindo licenciaturas e tecnólogo - o que, segundo Palazzo, pode ser contestado.
Como será a avaliação da primeira fase?
Palazzo ainda chamou a atenção para algumas mudanças em relação ao último concurso, como a falta de nota de corte. De acordo com o edital, quem fizer ao menos 50% de cada módulo de matérias previsto no edital, terá a segunda fase corrigida.
“Todo mundo que acertar pelo menos 50% de cada módulo terá a prova discursiva corrigida. Por um lado, isso é bom, já que muitos candidatos vão ter as discursivas corrigidas, por outro lado, em outras situações em que a banca fez isso, houve um prejuízo muito grande no nível de correção - o que pode gerar muitos recursos”, diz Palazzo.
O especialista também deu detalhes sobre o perfil da banca organizadora, a Vunesp.
“É uma banca muito voltada para a letra da lei, é uma das que mais privilegia a lei seca. E aí não tem muito o que fazer, o candidato precisa decorar as leis que são pedidas. Fazer provas anteriores pode ajudar muito nessa preparação, e aqui a banca ajuda pela grande quantidade de concursos que já fez,” diz Palazzo.
Fonte: Layane Serrano / Exame