Cantora recebeu dinheiro público em ato pró-Lula, realizado em 1º de maio, na capital paulista. Estrutura do evento partidário também foi bancada com dinheiro do povo.
A Prefeitura de São Paulo abriu procedimento para investigar a conduta adotada durante o show da cantora Daniela Mercury, realizado em 1º de Maio, Dia do Trabalhador, na capital paulista. De acordo com a administração, a apuração é para verificar desacordo com as regras de contratações desse tipo, nas quais é vedada a manifestação político-partidária e será coordenada pela Controladoria Geral do Município.
A cidade de São Paulo gastou quase R$ 200 mil para o pagamento de artistas que se apresentaram na manifestação do 1º de Maio. As informações constam em publicações no Diário Oficial do município.
A artista que mais recebeu dinheiro público foi a cantora Daniela Mercury: R$ 100 mil. Na sequência, aparecem a banda Francisco El Hombre (R$ 30 mil), o rapper Dexter (R$ 28 mil), a banda Sampagode (R$ 17 mil) e o DJ KL Jay (R$ 12 mil). Somados, os valores chegam a R$ 187 mil.
Durante a apresentação, na praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, a cantora baiana criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro, levantou a bandeira do Partido dos Trabalhadores e incentivou o voto no petista. "Tem que ser Lula, eu quero Lula", disse.
O ato, pró-Lula, foi bancado com emendas de parlamentares, que somadas chegam a quase R$ 1 milhão. Os vereadores que enviaram emendas para o evento cultural são Sidney Cruz, do Solidariedade, e Eduardo Suplicy e Alfredinho, ambos do PT. Recentemente.
A reportagem apurou que o vereador Sidney Cruz destinou R$ 360 mil, dos quais foram utilizados R$ 187 mil. O montante é a mesma cifra que a administração municipal usou para o pagamento dos artistas que se apresentaram na manifestação.
Segundo a equipe petista, Suplicy e Alfredinho enviaram R$ 125 mil e R$ 400 mil, respectivamente, para contribuir com a estrutura do evento, que reuniu artistas como Daniela Mercury, Francisco El Hombre, Dexter e Sampagode.