De 250 pessoas atendidas na terça-feira, apenas 30 testes foram realizados, dos quais 17 foram positivados.
Os atendimentos na Unidade de Síndrome Gripal Aguda (gripário), no antigo prédio do Fórum, teve início na terça-feira (18).
O local foi estruturado para atendimentos de pessoas com sintomas gripais, com intuito de diminuir os atendimentos no pronto socorro.
A Prefeitura de Matão contratou o Hospital Carlos Fernando Malzoni para prestar os serviços médicos e ceder o local para os atendimentos, mas ‘’esqueceu’’ de comprar testes rápidos para covid-19. Os serviços contratados não incluem testagem covid-19.
Os poucos testes que estão sendo realizados, foram repassados para o Hospital, por meio do vereador Paulo Bernardi, que intermediou a remessa com um deputado e com o Ministério da Saúde.
Na terça-feira (18), 250 pessoas com sintomas gripais passaram pelo gripário, 30 testes foram aplicados, dos quais 17 positivaram, ou seja, mais de 50% das amostras.
Se a média de atendimentos e positivados continuar, dentro de 60 dias, prazo contratual para funcionar o gripário, mais de 7.800 pessoas podem voltar para casa com covid-19 sem saber da confirmação, posteriormente infectando várias outras pessoas, consequentemente aumentando o número de internados pela falta de isolamento.
O afastamento de funcionários de empresas matonenses, principalmente no comércio, tem aumentado muito nos últimos dias. Muitos sem saber se realmente tem covid-19 ou apenas gripe, pois não fizeram testes para o diagnóstico. Mais uma vez, o comerciante saindo no prejuízo.
Enquanto não tem testagem para todos que queiram, as farmácias e drogarias nadam de braçadas com a venda de testes de 120, 140, 150 reais, que na realidade deveriam custar no máximo 20 reais, como em outros países.
E o pobre? O pobre sempre no final da fila pegando apenas as migalhas.
Como dizia o grupo musical de axé music ''As Meninas'' da música ''Bom Xibom Xibom bom bom'': ''E o motivo todo mundo já conhece, é que os de cima sobem e os debaixo descem''.
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