Depois do ex-titular da Lava Jato e do procurador Deltan Dallagnol, expectativa é filiar ex-procurador geral Rodrigo Janot
Na corrida por ampliar o impacto da filiação de Sérgio Moro ao partido, a cúpula do Podemos age para gerar fatos que associem a imagem da legenda à de defensor da ética e do combate à corrupção. Se depender destes dirigentes, nomes simbólicos reforçarão o palanque do ex-juiz, que em poucas semanas já ocupa a dianteira entre os mais de 12 pré-candidatos da terceira via.
A entrada formal do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, no partido está prometida para o início do ano que vem. Janot chefiou a PGR de 2013 a 2017 e garantiu suporte importante à Lava Jato, ao endossar as apurações do núcleo de Curitiba e recomendar abertura de inquéritos contra mais de uma centena políticos investigados pela operação, incluindo pedidos de prisão contra caciques tradicionais da política.
"Acredito no apoio dele a Moro porque defende a mesma agenda anti-corrupção”, explica o senador Álvaro Dias (Podemos/PR), que atua diretamente na filiação do ex-procurador. Por ora, está descartada a possibilidade de Janot concorrer a uma vaga de deputado federal. “Ele me disse que provavelmente não disputará eleição. Mas quer colaborar com sugestões [à campanha de Moro]”, registra Dias.
O Podemos registrou na última sexta-feira a filiação do ex-procurador Deltan Dallagnol, que coordenou a força tarefa da Operação Lava Jato. Na ocasião, foi recebido por Moro como provável “deputado mais votado do Paraná”.
Por Christina Lemos do R7