Delegado pediu prorrogação da prisão, mas juíz entendeu não ser necessário
Preso desde o dia 26 de agosto, o casal acusado de abusar sexualmente de uma criança de apenas 1 ano e dois meses em Dourado/SP, foi libertado por ordem da Justiça.
O homem de 24 anos estava preso em São Carlos cumprindo a prisão temporária e deixou a cadeia na companhia do advogado, nesta quinta-feira (24).
A prisão aconteceu depois que a Justiça atendeu ao pedido do delegado Reinaldo Lopes Machado pela prisão temporária de 30 dias. O titular pela delegacia de Dourado pediu a prorrogação da prisão, mas a Justiça entendeu não ser necessário.
Machado informou que o laudo comprova que houve violência sexual e descartou qualquer acidente doméstico. "O laudo é bastante minucioso, ele inclusive descarta acidente doméstico e aponta realmente que a criança sofreu abuso sexual".
Ainda de acordo com o delegado, a babá cuidava da criança desde o começo do ano. "A criança esteve aos cuidados da babá o dia todo. Das primeiras horas do dia até às 15h. Somente quem esteve com a criança foi a babá e o seu esposo. A suspeita realmente recaiu sobre o casal, embora a prisão temporária seja uma prisão para investigação, não tendo nenhum juízo de culpabilidade".
Já o advogado Bruno Valencizi , que defende o marido da babá declarou que fez uma petição direcionada para o magistrado, solicitando a não prorrogação da prisão preventiva. "A lei prevê que a prorrogação só acontecerá em caso de extrema e comprovada necessidade e o magistrado entendeu que não estavam presentes esses requisitos, razão pela qual, passando o prazo de 30 dias o réu foi imediatamente colocado em liberdade", disse. O advogado informou ainda que não há nenhum indicio de participação do seu cliente no crime.
O caso
O caso teria ocorrido no dia 11 de agosto. A menina teria passado o dia na casa de uma babá e, no final da tarde, o pai foi buscá-la e avisou a mãe, que a filha estava chorosa, com dores na barriga.
O bebê foi levado ao Pronto Socorro de Dourado e os médicos notaram vermelhidão nas partes íntimas. Posteriormente a criança foi encaminhada para a Santa Casa de São Carlos, onde foram constatadas lesões.
A criança chegou a ser internada por uns dias e tomou vários medicamentos. Segundo o delegado, para prevenir possíveis doenças, uma vez que não se sabe ao certo o que poderia ter sido penetrado no órgão genital da pequena vítima.
Fonte: São Carlos Agora